Tsurnni manxinerune, hinakle pirana

Dublin Core

Título

Tsurnni manxinerune, hinakle pirana
História dos antigos manchineri

Descripción

"Segundo uma pesquisa que eu fiz em duas aldeias - uma chamada Bufeo Pozo e a outra Miaria - ambas situadas no rio Urubamba, no Peru, vou relatar aqui uma entrevista realizada por mim com duas pessoas. Uma pessoa foi o meu pai, Fermino Sebastião, e a outra foi o meu primo, João Sebastião. Eles que me disseram que o povo que habita no Brasil é chamado pelo nome Manchineri [o machineri] e o que habita no Peru é chamado de Piro.
Acontece que quando os invasores europeus chegaram pela primeira vez aqui na América do Sul, mais ou menos no século XVI, naquela época os nossos ancestrais habitavam um rio atualmente conhecido por nome de rio Apurimac, situado no rio Tambo no Peru. Foi nesse lugar que o meu povo sofreu massacre pela primeira vez com os europeus, espanhois, ameaçando-o com armas de fogo que nem em sonho se conhecia. Aí que o meu povo começou a se espalhar em todos os lugares dos rios e outros vararam na mata a procura de outros rios para que lá pudessem sobreviver sem nenhum conflito e preocupação.
Antes de terem contato, estes povos, que atualmente são conhecidos com dois nomes diferentes: Manchineri e Piro, chamavam-se Yine, que quer dizer “gente ou pessoa”. Hoje continuamos sendo Yine, e no Peru somos oficialmente conhecidos como Yine..." (p. 33)
[Tras una investigación que realicé en dos pueblos, uno llamado Bufeo Pozo y otro Miaria, ambos ubicados a orillas del río Urubamba, en Perú, relataré una entrevista que realicé con dos personas. Uno de ellos fue mi padre, Fermino Sebastião, y el otro, mi primo, João Sebastião. Me cuentan que el pueblo que vive en Brasil se llama Manchineri y el que vive en Perú se llama Piro.
Sucede que cuando los invasores europeos llegaron por primera vez a Sudamérica, aproximadamente en el siglo XVI, nuestros antepasados ​​habitaban un río que ahora se conoce como el río Apurímac, ubicado en el río Tambo, en Perú. Fue en este lugar donde mi pueblo sufrió la primera masacre de españoles, que los amenazaban o los acribillaban a tiros, que ni en sueños se conocía. Es ahí que mi pueblo comenzó a dispersarse por todos los ríos, y otros se adentraron en la selva en busca de otros ríos para poder sobrevivir sin ningún conflicto ni preocupación.
Antes de tener contacto estas personas, que ahora tienen dos nombres diferentes : Manchineri y Piro, se llaman Yine, que significa "pueblo o gente". Hoy seguimos siendo Yine, y en Perú se nos conoce oficialmente como Yine..."]

Autor

Jaime Llullu Sebastião Prischico Manchineri, et. al.
Manxinerune Ptohi Kajpaha Hajene - MAPKAHA [Organização do Povo Indígena Manchineri do Rio Laco]
Manxinerune hiwekatshine hipnatshinni Kajpaha hajene [Velhos vivos e mortos manchineri do rio Yaco]

Editor

Rio Branco [BR] : Comissão Pró-Índio do Acre [CPI/Acre]

Fecha

2010

Relación

Formato

140 p.

Idioma

portugués

Identificador

Archivos

B_PI_11986+.jpg

Colección

Citación

Jaime Llullu Sebastião Prischico Manchineri, et. al. , Manxinerune Ptohi Kajpaha Hajene - MAPKAHA [Organização do Povo Indígena Manchineri do Rio Laco], y Manxinerune hiwekatshine hipnatshinni Kajpaha hajene [Velhos vivos e mortos manchineri do rio Yaco], “Tsurnni manxinerune, hinakle pirana,” cendoc.chirapaq.org.pe, consulta 22 de octubre de 2025, http://54.237.17.142/items/show/12484.